quinta-feira, 30 de junho de 2016

Mais Novidade em Campina Grande.

New Torino Para o Consórcio Santa Verônica.

Fonte : Portal Ônibus Paraibanos
Matéria / Texto : Josivandro Avelar
Fotos : Leonardo dos Santos Eustáquio


Saíram de Betim-MG mais unidades do New Torino, da Marcopolo, encarroçadas sob o chassi OF-1721 Bluetec5, destinadas para a Transnacional de Campina Grande, que integra o Consórcio Santa Verônica. O consórcio deve atuar na Área Sul da cidade.
São quatro unidades, totalizando em oito as unidades adquiridas pela Transnacional até aqui. As quatro primeiras – 3030, 3041, 3042 e 3047 – já se encontrava na garagem da Transnacional em Campina Grande, aguardando a chegada das próximas unidades.
Os veículos vistos em Betim possuem os prefixos 3036, 3039, 3040 e 3046. A primeira numeração era um buraco e as demais devem substituir mais Torinos OF-1722M, os quais a empresa deve definir se renumera, mantendo na empresa, ou envia para as outras unidades do grupo, como a Unitrans.

3039 e 3046 – correspondentes as antigas numerações 0739 e 0746 – são dois Torino OF-1722M, tendo sido o primeiro fabricado em 2010, e o segundo, em 2009. Já o carro 0740, também fabricado em 2009, possui chassi OF-1418. Em comum, todos – e os três últimos dos primeiros que chegaram – possuíam apenas a porta do meio como desembarque.

Pinturas Padronizadas Semelhantes no Brasil - Parte 1

Pinturas Semelhantes No Brasil.Parte 1.

A admiração pelo ônibus, um hobby conhecido como busologia, surge através dos diversos assuntos relacionados, seja um modelo muito usado no trabalho, uma pintura que relembra a infância ou mesmo os amigos conquistados com o gosto em comum, e é neste sentido, estimado leitor, que a matéria de hoje apresenta um tópico que tem causado muitos questionamentos a favor e contra: A padronização de pintura.

Tendência crescente em várias regiões do Brasil, as pinturas padronizadas surgiram com o objetivo de priorizar a redução de custos, através da maior facilidade de reparos proporcionada, além de se adequar aos principais modelos (e configurações) produzidos para o segmento urbano.



O layout padrão acaba, por consequência, deixando de lado o que muitos consideram a identidade de cada empresa. Muitas são as divergências diante deste novo modelo adotado por várias gestões em todo o Brasil: Tanto busólogos quanto usuários comuns opinam sobre a padronização, alegando, por exemplo, não conseguir mais identificar a empresa que atua em sua região ou que pouco estão preocupados com itens como consórcio, logotipo de prefeitura ou qualquer outro tipo de detalhe supérfluo.

Para este público mais seleto, o que mais interessa é saber a qual empresa recorrer em caso de reclamações, elogios, dúvidas e questionamentos.


Do outro lado, há quem realmente aprove a padronização como uma forma de maior organização do sistema de transporte público de sua cidade, trazendo assim uma melhor identificação para todo o entorno do local em que reside.


Com a padronização das pinturas de coletivos cada vez mais presente em todo o Brasil, já era esperado que ocorressem algumas semelhanças entre os padrões adotados, sendo perceptível que, atualmente, várias cidades importantes adotaram um determinado padrão replicável, talvez pelo principal fator envolvido na simplificação de pintura ser a fácil manutenção.

Tal padronização detalha-se por duas cores predominantes, tendo o branco ou cinza o seu maior percentual e a segunda cor em traços horizontais na parte superior do veículo, com a frente e traseira pintadas com uma cor mais viva e vibrante que identifique qual setor ou região atua determinada empresa, consórcio ou sistema, além de sua grande maioria possuir o brasão e o nome da cidade a que pertence.



Em recente pesquisa, realizada entre os meses de Abril e Maio, a Equipe MOB Ceará encontrou e listou 18 cidades que estão dentro desse padrão, dentre elas a metade são capitais brasileiras, na qual, para alguns leigos, em certos casos causaria confusão a que cidade o veículo pertence, devido a sua enorme semelhança.


Nesta primeira matéria, serão listadas seis cidades que possuem suas frotas padronizadas com pinturas semelhantes. Confira a lista:

Brasília - DF

Dentre as pinturas padronizadas listadas pelas pesquisas do MOB Ceará, uma das mais simples é a da capital federal. Efetivado em 2013, o layout padrão de Brasília já está presente em muitos veículos com seu visual predominantemente branco, e uma segunda cor dividida entre marrom, laranja, vermelho, amarelo e azul. Estas últimas cores se referem a cada uma das cinco bacias, que dividem o território brasiliense.

A numeração do carro é aplicada em seus quatro cantos extremos, e nas laterais, se encontra a informação da área a qual pertence o veículo, assim como o nome da empresa.

A bacia 1 atende as regiões de Brasília, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal. É a menor bacia, com uma frota de 417 ônibus contabilizados em Abril de 2016. A empresa selecionada foi a Viação Piracicabana.


Já a bacia 2 abrange as regiões do Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e parte do Park Way, serviço prestado pela Viação Pioneira com cerca de 640 ônibus.


A bacia 3, sob responsabilidade do Consórcio HP-ITA, conta uma frota de 483 ônibus e atende as regiões do Núcleo Bandeirante, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II.


A Auto Viação Marechal presta serviços na bacia 4, que conta com 464 veículos que  atendem parte de Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte do Park Way.


Já a bacia 5 conta com a Expresso São José, abrangendo as regiões de Brazlândia, Ceilândia, SIA, SCIA, Vicente Pires e parte de Taguatinga, contando com 576 veículos em circulação no período pesquisado.



Cachoeiro do Itapemirim - ES 


Na metade de 2015 chegaram os novos ônibus com nova padronização para a cidade de Cachoeiro do Itapemirim, interior do Espírito Santo, primeiramente para a Viação Flecha Branca.


Os detalhes para a nova pintura se dão na predominância do branco na parte inferior do veículo, tendo sua parte superior coberto por um azul escuro; o maior detalhe está na lateral traseira do veículo, que traz uma imagem que representa a cidade.



Cariri / Juazeiro do Norte - CE


Desde 2010, a Auto Viação Metropolitana vem adotando uma padronização visual nos veículos que transportam a população do grande Cariri, que compreende as cidades de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Missão Velha. A identidade visual é uma alusão à integração ônibus-metrô que passou a vigorar naquele ano, e aos poucos os usuários foram associando a imagem do ônibus cinza com detalhes na horizontal superior e parte frontal do veículo em verde escuro ao ônibus ao recém-chegado metrô que liga o Cariri cearense.


Para consolidar ainda mais a padronização na região, a Via Metro foi recentemente autorizada a operar, em caráter emergencial, o sistema de transporte coletivo da cidade de Juazeiro do Norte, trazendo assim a pintura já adotada desde Julho de 2015 nas operações da Região Metropolitana de Fortaleza, ligando até as cidades de Maracanaú e Pacatuba. Pintura essa, já quase idêntica a que existe na região, diferenciando que do cinza, passa a ser branco, e do verde passa a ser amarelo. 



Caruaru - PE


Em Pernambuco, desde Agosto de 2015, a prefeitura da cidade de Caruaru vem adotando em seus veículos uma pintura própria. Com três empresas vencedoras da licitação do transporte público da cidade, cada qual ficou com uma cor de identificação diferente, sendo a cor azul para a Capital do Agreste, verde para a Empresa Tabosa e amarela para a empresa Coletivo Transportes.


Os detalhes para tal pintura se devem a predominância do branco, laterais com informação de numeração do veículo e identificação do nome da empresa e brasão com o nome da cidade, tendo também a diferenciação nas cores em linhas horizontais, azul, verde e amarelo. Esta última é bastante similar a pintura padrão da empresa Via Metro na cidade de Juazeiro do Norte e Região Metropolitana de Fortaleza. 



Guaíba – RS


O início da nova padronização dos ônibus em Guaíba, cidade do Rio Grande do Sul, se dá no final do ano de 2015, quando é apresentado pela prefeitura da cidade a vencedora da licitação do novo sistema de transporte municipal, a Expresso Assur Ltda.


Os detalhes para a pintura estão na predominância do branco na parte inferior do veículo, tendo boa parte superior tomada pela cor azul escuro e uma fina camada de um tom avermelhado que percorre paralelo a linha das janelas. Observa-se também a semelhança dentre as demais cidades a presença do brasão com o nome da cidade em questão, além da numeração e empresa do veículo. 



São Luís – MA

Em São Luís, a prefeitura resolveu prestigiar um busólogo plotando suas ideias na pintura padrão dos novos veículos que chegariam na cidade, tendo um layout básico, mas também de fácil manutenção e baixo custo. Os primeiros veículos chegaram quase no finalzinho de 2015, sendo a Ratrans, a primeira empresa a adquirir tais veículos, logo em seguida, a Pericumã.



Sua cor predominante é o cinza, tendo a cor de identificação azul escuro; detalha-se também a tendência de inserir o brasão, tal como o nome da cidade pertencente na lataria do veículo, além do nome da empresa na parte lateral traseira do carro, assim como o número do veículo.

A maior observação se remete a informação para todo e qualquer usuário sobre o ano de fabricação e começo de operação do ônibus, tendo explicitamente tal informação próximo a porta de embarque.


O MOB Ceará vai continuar com a lista de cidades que utilizam pinturas padrões semelhantes. Não perca!
Fonte : MOB Ceará
Colaboração : Douglas Diego
Fotos :  Créditos nas Fotos





terça-feira, 28 de junho de 2016

Motorista perde o Controle e ônibus cai em valeta.

Motorista Perde o Controle da Direção e Ônibus cai em Valeta Na Ladeira Geraldo Melo, em Maceió.


Foto : Henrique Pereira

Um ônibus da Viação Real Alagoas que da linha 230 - Forene / Trapiche, envolveu-se em um acidente na Ladeira Geraldo Melo, no Farol, na manhã desta terça-feira (28). Ninguém ficou ferido.

Foto  : Henrique Pereira
Segundo informações do motorista, identificado como Alexandre, um besouro entrou no seu olho e fez com que ele perdesse o controle do veículo. O ônibus seguia na mão que liga os bairros do Poço ao Farol. Com o impacto, o veículo invadiu a valeta que fica na lateral da via, rompendo a mureta.
Foto  :  Henrique Pereira
Agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) estiveram no local aguardando o guincho e ajudando no intenso fluxo de carros registrado na região. 
Foto : Trânsito Maceió / Alexandre Lino

Foto  :  Trânsito Maceió / Alexandre Lino

Foto  :  Trânsito Maceió / Alexandre Lino

Fonte  :  tnh1.com.br

domingo, 26 de junho de 2016

Ônibus de Maceió Terão Programação Especial.

Ônibus de Maceió Terão Programação Especial Entre os Dias 27 e 29.


  A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito ( SMTT ), informa que devido à celebração do Dia do Comerciário, na Segunda Feira ( 27 ), e do Feriado de São Pedro , na Quarta Feira ( 29 ), os ônibus urbanos terão uma programação especial visando o melhor atendimento aos Passageiros.

  O Planejamento elaborado pelo corpo Técnico da SMTT estabelece que na Segunda, Terça véspera do feriado de São Pedro, e na Quarta , os ônibus urbanos circulem pela capital alagoana com a Programação típica dos Sábados. A decisão foi tomada considerando dados operacionais sobre a demanda dos cidadãos em anos anteriores neste mesmo período.


  " As empresas foram autorizadas a aumentar a frota e o número de viagens, caso a população tenha essa necessidade ou reduzir a demanda, com exceção de linhas cuja as frotas sejam compostas por até três veículos ". Explica o assessor técnico da SMTT Silvio Sarmento.


Fonte  :   SMTT / Maceió - www.maceio.al.gov.br
Informações  :  Leonardo Araújo ( estagiário ) / Ascom 
Foto :  Sérgio José - ônibus alagoas 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Bassamar Renova com Campione 3.25.

A Viação Bassamar Renova Com Comil Campione 3.25.

Fonte : Portal Ônibus Paraibanos
Matéria / Texto : Josivandro Avelar
Foto : Rafael da Silva Xarão


A Viação Bassamar, de Juiz de Fora-MG, está recebendo oito unidades do Comil Campione 3.25, encarroçadas sobre o chassi OF-1721L Bluetec5, da Mercedes-Benz.

A empresa mineira ainda deve ser mais uma a receber unidades do Campione Invictus, que desde seu lançamento vem se destacando nas vendas, principalmente para grandes frotistas.

HISTÓRIA : San Remo - Um Festival de Evolução.

Marcopolo San Remo Foi Um ônibus Com Diversas Versões, Para as Mais Diferentes Realidades do país e de Toda a América Latina, Sendo Um Marco Importante Para a História dos Transportes.


Marcopolo San Remo Foi Um Ônibus Com Diversas Versões.

ADAMO BAZANI

Quando alguém fala em San Remo, a primeira imagem que vem à cabeça é do famoso festival de música italiana, chamado oficialmente de Festival della canzone italiana, que é realizado sem interrupção desde 1951.  A história do festival, no entanto, é mais antiga ainda e teve origem em 1946, quando um floricultor de San Remo, uma pequena localidade no norte da Itália, que na época tinha como principal atividade econômica a plantação de flores, chamado Amilcare Rambaldi, propôs a criação de um festival de música. A ideia, no entanto, não foi para frente na ocasião, justamente por causa dos efeitos da Segunda Guerra Mundial.
A ligação do Brasil com o Festival de San Remo é bem forte. Um dos ápices na história foi na edição de 1968, quando Roberto Carlos foi vencedor, conquistando o primeiro lugar com a música Canzone per te, de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti. Foi pela primeira vez na história do evento que uma música defendida por um cantor que não era italiano conquistou o Festival.
Sérgio Endrigo ( à Direita ) e Roberto Carlos Comemoram a Vitória no Festival de San Remo, em 1968.

A relação entre o Brasil e o nome San Remo não se dá apenas nos palcos e pelas canções, mas também nas estradas, ruas e avenidas num dos momentos mais importantes do País.
San Remo foi também o nome de um dos modelos de ônibus da Marcopolo, hoje a maior fabricante de carrocerias do país e uma das mais importantes do mundo, estando na lista das multinacionais brasileiras. Uma das características históricas da empresa é atribuir nomes italianos aos modelos por causa de sua direção.
Em diferentes versões, o San Remo foi fabricado entre os anos de 1974 e 1983, com unidades para projetos especiais até 1985. De acordo com alguns pesquisadores, o modelo na verdade começou a ser fabricado pela Nimbus, com o nome Haragano. Em 1977, a Nimbus foi comprada pela Marcopolo e o Haragano recebeu modificações no ano de 1978, sendo batizado de Sanremo ou San Remo (forma mais conhecida pelo mercado).
O título desta matéria especial não poderia ser outro: San Remo, o ônibus, foi um festival de evolução e os transportes devem muito a este modelo que às vezes não recebe a atenção merecida quando o assunto é história da mobilidade.
Só para você ter uma ideia, o San Remo foi ônibus com cara de caminhão, ônibus Romeu e Julieta – um antecessor do articulado, ônibus articulado propriamente dito, trólebus, ônibus alongado, ônibus para exportação, ônibus para andar na terra e foi um dos ônibus que marcaram o início de uma nova padronização que trouxe maior qualidade nos transportes urbanos, com a implantação do Padron.  É isso mesmo! Tudo em um único modelo, porém em diferentes versões.
Marcopolo San Remo Com Chassi Longo Mercedes Benz OF - 1313, Usado Para Demandas Maiores de Passageiros.

O San Remo tem outra face na história: marcou um dos momentos mais importantes da história da produtora Marcopolo, que já era grande na época, mas se tornou gigante e mundial.
Enquanto as primeiras versões do San Remo eram produzidas, a Marcopolo dava um salto no segmento de ônibus.
Em 1977, a Marcopolo adquiriu a Nimbus, marca de carrocerias que começaram a ser produzidas em 1968 pela manufatura Furcare S.A., empresa fundada em 1959 na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.  Em 1967, a Furcare teve a administração assumida pelos irmãos Doracy Nicola e Nelson Nicola, sócios e fundadores da encarroçadora Nicola.
Vale lembrar que Nicola foi o primeiro nome da Marcopolo, fundada em 1949. A mudança para o nome Marcopolo teve origem em 1968, quando no VI Salão do Automóvel, a empresa renovou a linha de ônibus rodoviários e lançou o modelo Marcopolo. Em agosto de 1971, finalmente a Nicola teve a razão social mudada para Marcopolo S.A. Carrocerias e Ônibus. O nome tinha sido alterado por dois motivos. Um deles foi sucesso do modelo Marcopolo que acabou conquistando no mercado um nome mais forte do que da própria marca Nicola. O outro motivo é que curiosamente, nesta época, não havia mais nenhum Nicola à frente da empresa Nicola.
A continuação da fabricante de carroceria, mesmo depois da saída de todos os Nicola, e a mudança de nome para Marcopolo teve um personagem visionário à frente. Era Pedro Paulo Bellini nascido em 20 de janeiro de 1927, e que participou dos primeiros anos da Nicola, quando em 1951, precisou da ajuda do pai, Alberto Bellini, para completar o dinheiro que precisava para comprar a parte que era de sócios alemães: 240 mil cruzeiros.
A Nimbus continuou operando com esse nome até 1979, quando foi incorporada pela Invel  – Indústria de Veículos e Equipamentos Especiais Ltda, empresa da Marcopolo, que fazia, entre outros produtos, micro-ônibus.
Não foi à toa que as últimas versões do modelo Nimbus Haragano receberam o nome San Remo, da Marcopolo. É que quando foi absorvida pela Invel, a planta da Nimbus continuou operando, mas sem o nome.  A planta da Nimbus foi fechada definitivamente em 1983.

Ônibus da Nimbus, Comprada Pela Marcopolo e Batizado Como San Remo.

Nesta época também, a Marcopolo teve uma planta em Minas Gerais. Era a Marcopolo Minas S. A., na cidade de Betim, criada em 1979.
Um dos anúncios na ocasião mostrava um San Remo que tinha no letreiro escrito Marcopolo Minas S. A.
Anúncio, Com San Remo , Destacava a Marcopolo Minas.

VÁRIOS NOMES – A CARA DO BRASIL.
Como foi possível ver mais acima no texto, o San Remo teve diversas aplicações, desde para tráfego em áreas difíceis até na concepção de um novo padrão para o transporte coletivo brasileiro.
Diante de tudo isso, o San Remo recebeu diversos nomes, nas suas mais variadas versões. Alguns oficiais da Marcopolo, outros dados pelo mercado, entusiastas e profissionais que atuavam nas ruas e nas garagens. Entre os nomes se destacam: Marcopolo San Remo, Marcopolo San Remo I, Marcopolo San Remo ST, Marcopolo San Remo Expresso, Marcopolo San Remo Intermunicipal, Marcopolo San Remo II, Marcopolo San Remo Padron, Marcopolo San Remo II Articulado e até outros mais.
San Remo se Destacou no Final dos Anos de 1970 Também pelos Ângulos na Carroceria que dava ar de Modernidade.

O ônibus Marcopolo San Remo, em sua primeira versão, foi apresentado ao mercado em 1974, época de muita concorrência no setor, quando eram disponibilizados pelas outras encarroçadoras ônibus também de muita qualidade.
O San Remo coexistiu com outro ônibus que foi sucesso da Marcopolo, o Veneza, criado em 1971. Apesar de os dois ônibus serem destinados para os transportes urbanos e interurbanos, o fato de os dois praticamente viverem numa época só era perfeitamente aceitável, já que havia diferenças nas propostas entre ambos.
O Veneza era uma espécie de ônibus urbano Premium da Marcopolo. O San Remo nasceu com a proposta de ter uma melhor relação custo/benefício, além de ser mais leve.
Entre as características iniciais do San Remo estava o letreiro maior.
A visibilidade no San Remo também foi uma das preocupações da Marcopolo que dotou o modelo com janelas amplas.
Os ângulos nas partes da frente e da traseira da carroceria do San Remo passavam um ar de modernidade.
A primeira versão do San Remo foi produzida entre os anos de 1974 e 1979. Na mesma época estavam no mercado o San Remo Intermunicipal, que tinha uma caída na parte superior dianteira e um melhor acabamento interno, e o San Remo Expresso, carroceria desenvolvida para chassis de motor traseiro, que como característica, tinha uma área envidraçada maior no lugar onde ficava o motor na versão com a propulsão dianteira.
San Remo Intermunicipal , Com Sua Caída Frontal Superior. Mais Atrás Modelo Urbano da Ciferal em Linhas entre Angra dos Reis e Rio de Janeiro.

San Remo Com Motor Traseiro para Serviço e Maior Área envidraçada na Frente.

Uma página muito curiosa da história do San Remo foi em 1978, quando o modelo recebia a frente de caminhões Mercedes-Benz, principalmente de plataformas L-1113.
Esta versão foi comum em outros países da América Latina, mas também pode ser vista em áreas de difícil acesso no Brasil.
O San Remo ST Tinha Frente de Caminhão Mercedes Benz e operou em áreas de Tráfego mais Difícil na América Latina, Incluindo Linhas no Brasil.

O San Remo já na sua primeira versão foi sucesso no país e no exterior. Algumas unidades foram embarcadas até mesmo para o continente africano, mas o sucesso maior de vendas para o exterior foi a América Latina.
San Remo Para o Mercado Externo, Com Direção do Lado Direito.

Também foram vistos nesta época, Marcopolo San Remo no estilo Romeu e Julieta. Era uma espécie de antecessor do ônibus articulado. O veículo ônibus puxava um reboque que também levava passageiros.
Mas houve também San Remo Articulado.
San Remo no estilo Romeu e Julieta. Ônibus Puxava Carroceria Reboque.

San Remo Articulado Para o Peru.

No ano de 1978, o San Remo ganhava uma nova versão, denominada San Remo II, com linhas ainda mais modernas, maior espaço interno e novos materiais.
Foi com San Remo II que a Marcopolo produziu uma nova geração de trólebus, usada em diversos sistemas, principalmente no Estado de São Paulo, como em Araraquara e na capital paulista.
Trólebus San RemoPreservado Pela Metra, Empresa de São Bernardo do Campo.

Trólebus Articulado San Remo de 1985, Para a CMTC Companhia Municipal de Transportes Coletivos , da Capital Paulista.

Trólebus San Remo Para o Sistema de Araraquara no Interior Paulista.

Também a partir do San Remo da segunda geração que a Marcopolo contribuiu para o desenvolvimento de um padrão novo de ônibus para o Brasil.
Era o projeto Padron – Estudo de Padronização dos Ônibus Urbanos.

Vale lembrar que o mundo vivia na ocasião uma das grandes crises do petróleo.
Não havia uma padronização para construção de ônibus.
Os conceitos do Padron são usados até hoje pela indústria nacional.
ônibus Tinha de Atender diversas exigências , como menor altura em relação ao solo Para Facilitar o Embarque e o Desembarque.

O Padron foi desenvolvido a partir de 1977 e teve diversas etapas. Em 1978, os técnicos e engenheiros criaram as especificações técnicas para carrocerias e chassis. No ano de 1979, o relatório parcial com as características de desempenho mecânico foi entregue a três fabricantes brasileiros de chassis. Mercedes-Benz, Scania e Volvo.
A última etapa consistiu na construção de cinco protótipos de carrocerias pela Marcopolo, Caio e Ciferal.
Entre 1980 e 1981, os veículos circularam por oito meses em Brasília e outras seis capitais, transportando mais de 900 mil passageiros, o que permitiu que em 1983 fosse publicado o relatório final do projeto.
Entre as exigências básicas que os ônibus Padron precisavam atender estavam:
Localização do motor: Traseira ou no entre eixos
Características do motor: Potência/Torque acima de 9 kw/t e 40 Nm/t
Nível do ruído: abaixo de 75 db (A)
Nível máximo de emissões: esc 4 alt. 500mm
Transmissão: Obrigatoriamente automática
Suspensão: Obrigatoriamente pneumática
Chassi: Especificamente para ônibus com baixa altura do piso
Sistema de freios: Pneumático, dois circuitos e freio de estacionamento independentes
Painel de instrumentos: Sinalização de advertência, luz central de alarme e informações básicas para o motorista.
Durabilidade Mínima: vida útil de 800 mil KM – 10 anos de operação
Comprimento total: 12000 mm
Largura: 2600 mm
Portas laterais: 3 portas de 1100 mm de largura e 2000 mm de altura
Altura máxima do primeiro degrau: 370 mm
Passageiros sentados: 37
Passageiros em pé: 47
Marcopolo San Marino Articulado já atendendo as especificações Padron Para o Sistema de Curitiba.

O San Remo deixou de ser fabricado em linha no ano de 1983, embora que até 1985 alguns projetos especiais como de trólebus articulados receberam a carroceria.
O modelo abriu caminho para o Marcopolo Torino que, com as devidas modernizações, é fabricado até hoje e é o ônibus urbanos mais longevo da história da indústria nacional de veículos e transporte coletivo.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes